Como destruir um bom livro
Estes dias assisti ao filme o Ladrão de raios, uma adaptação muito mais muito adaptada da obra original de Rick Riordan. Já é sabido que um filme nunca nutre o espectador com os detalhes e meandros do original literário, mas neste caso mudaram tanta coisa do livro, que em determinado momento pensei estar enganado, e confundindo filmes. Tiraram personagens, mudaram acontecimentos, alguns de vital importância para desenrolar a história, outros tão bestas como trocar a matéria lecionada pela Sra. Dodds, de Álgebra para língua inglesa. Mas o pior estava por vir, qual minha surpresa ao ver que mudaram o final do livro, ignorando o verdadeiro mentor do roubo do bendito raio de Zeus e mais alguns personagens. Mudar um final é como re-escrever o que foi idealizado pelo autor e um desrespeito total com o livro. Não entendi como Rick Riordan permitiu tal esquartejamento de sua obra (Deve ter ganhado bem para tal), mas é lamentável ver como a indústria do cinema trata uma obra literária.
Não sou nenhum bitolado em livros, ou aqueles que acham que cinema não tenha o mesmo valor de uma obra literária, mas tudo tem um limite, e o que fizeram com “O Ladrão de Raios” foi um crime, pois venderam gato por lebre.