Esdrúxulo ao extremo
Eu ia postar na semana passada algumas coisas esdrúxulas como de praxe, a personalidade e a sexta. Mas devido aos acontecimentos políticos da semana não me senti em condições de escrever uma linha sequer, ainda não digeri todos os fatos, e sinto enorme vergonha de fazer parte deste povo, que vê a tudo letárgico, estenocéfalo, sem o mínimo esboço de reação. A corrupção se tornou tão banal que os valores estão se invertendo, é capaz de aparecer algum político honesto e este sim causar algum espanto junto à população. O PT despiu-se de sua última máscara no episódio do Senado, e em sua esteira seguiu o PSDB, ficou claro e cristalino que são uma espécie de gêmeos siameses onde as diferenças são bem menores que as semelhanças. A sujeira incrustada por debaixo da demagogia dói, e dói muito. O brasileiro tal e qual o povo da floresta de Sherwood, vê a tudo de forma passiva, branda, e o pior, não temos um Robin Wood.
Nosso Sassá Mutema é um demagogo de “rabo preso” que espera eleger sua candidata a todo custo, não se mostra preocupado com a repercussão do caso do Senado, mesmo com toda opinião pública pedindo o afastamento do coronel bigodudo, e com certeza usará a fome e miséria do povo como munição para alavancar votos com seu bolsa família, a maior compra de votos da história deste País. O PSDB por sua vez, se mostra sempre perto das eleições desmascarando aquilo que já era do seu conhecimento há tempos, e ficou lá guardadinho para voar no ventilador convenientemente pertinho das eleições, mostrando assim à mesma face podre da vidraça de hoje. Cabe ao povo sair ás ruas reivindicar, exigir, e principalmente dizer não a estes irmãos siameses nas próximas eleições, mostrando que seus atos deploráveis não serão esquecidos no futuro, e que estamos cheios de tanta nojeira explícita. Creio ser o momento de os partidos pequenos se unirem, fortalecendo a candidatura de Marina Silva, concentrando todos os votos no que, no momento podemos chamar de “Obama de saias”, espero que algo novo saia destas eleições, e se sair teremos de mudar muita coisa, a começar por implodir o prédio do Congresso Nacional, pois limpar toda aquela sujeira será impossível.
