Redação de volta as aulas
Depois de 10 dias de férias, e mais um ano de idade, me lembrei da famosa redação de volta as aulas, bons tempos em que minha única preocupação era descrever como tinha se sucedido minhas mal fadadas férias escolares, geralmente eram exatamente o contrário do que eu havia planejado, mesmo assim eu sempre floreava algum episódio.
Antes das férias em um ensolarado sábado, fui jogar basquete na escola onde fiz meu colegial técnico, como cheguei muito cedo, pois, tinha ido comprar refil do saco do aspirador de pó que para variar estava fora de linha e só existia uma loja em São Paulo com o bendito refil, acabei chegando muito cedo para as atividades esportivas, sozinho na quadra, e no pátio onde passei minha adolescência, dei por mim que estava com 33 anos, no mesmo lugar, sentindo o mesmo cheiro, o mesmo vento, sentado nos mesmos bancos, mas estava 16 anos mais velho, muita coisa estava mudada, eu estava mudado, e naquele momento eu pude perceber que a pior coisa em relação ao tempo, é que só podemos para-lo em nossas mentes, quando estou jogando naquela quadra, não existe idade, não há espaço para pensamentos complexos, e volto aos meus 17 anos, e minha mente por algumas horas pára no tempo, o tempo passa, não podemos mudar isso, mas uma coisa é certa ...Por mais que o tempo passe, em nossas mentes ele sempre terá um timer, congelando e fazendo correr o tempo!
Em 10 dias muita sacanagem desfilou pela Esdruxulândia chamada Brasil, o caso mais evidente foi a votação secreta, e absolvição do digníssimo Senador. “Puta que o pariu!”, não acho outro adjetivo para tamanha “filha-da-putagem”! O cidadão é desmascarado, fica nu perante a opinião pública, é absolvido em votação secreta, e deleita o público com uma declaração no mínimo de mal gosto: “Isso que é bonito na democracia!”, não basta-se isso outro cretino de paletó, diz: “Uma pessoa que passou pelo o que ele passou, merece umas férias!”. Férias? Férias quem merece é o povo brasileiro, férias destes digníssimos que envergonham a instituição. Ou saímos ás ruas e tomamos alguma providência, ou seremos reféns de senadores, e deputados. Se este cidadão continuar intocável, o Brasil perde, não só internamente, mas também externamente, este fato suja profundamente nossa já imunda imagem no exterior.
O presidente de vocês, disse que o Bush teria que resolver a crise americana, pois não ia deixar a crise cruzar o atlântico. Cruzar o atlântico? Pelo amor de Deus, alguém dê um Atlas geográfico a este cidadão!
Em São Paulo deve morrer mais gente vítima de ataque de Pit-Bull, que por afogamento, ou atropelamento, é um absurdo que tanto os cachorros quanto os donos sejam extremamente estenocéfalos, ou criam-se leis mais rígidas, ou teremos de andar armados na rua, para defesa de ladrões e Pit-Bull´s. Lamentável!
Para finalizar minha redação de volta as aulas, fica aqui minha homenagem à Pedro de Lara, e Ruth Romcy. Obrigado pela alegria!