terça-feira, outubro 26, 2010

                                                      

                          O país do Big Brother!

Quando vejo as pessoas comparando os governos Lula e FHC, inclusive a candidata nos debates e em seu programa eleitoral, fico pasmo com a velhice deste discurso. Tão velho que vão se lá quase uma década, pois há oito anos você ia para academia de walkman (pois o Discman era uma novidade que estava chegando), o Papa ainda era João Paulo II, e celular de ponta era o Startac. Coincidentemente ou não, há oito anos a Globo lançou o primeiro Big-Brother, e desde então a cultura do “coitado” é ventilada por todo território nacional, e de Bam-Bam a Bam-Bam, dos chavões: -“Faz parte!” a: -“No que se refere!” O país vive cada vez mais a cultura dos realities shows. Programas estes que banalizam a fama e o talento, derramando a cada programa mais de uma dezena de “artistas instantâneos” na mídia. A mediocridade não se limita aos realities shows, vide as bandas nacionais, que surgem e somem na mesma velocidade, e o caso Geisy Arruda, que também por coincidência acaba de sair de um programa do tipo, o passaporte para o sucesso no Brasil é ser “coitado”, temos casos de “coitados” em quase todos os setores da mídia, o Brasil é uma verdadeira indústria de “coitados”, no cinema em filmes como: Os dois filhos de Francisco, e a ficção Lula o filho do Brasil. O atual ex- presidente (pois trabalha mais na campanha do que em Brasília desde o início das eleições) é ex metalúrgico, gente do povo (Que em oito anos viu seu filho sair de assalariado a mega empresário bilionário. Outro “coitado” que venceu), e em sua psicopatia para mostrar que venceu o maior Big-Brother do país, e que exerce um poder absoluto sobre a massa escolheu como candidata uma mulher do nada, uma verdadeira incógnita, outra “coitada” injustiçada por uma “campanha difamadora” em detrimento de alguém como o governador da Bahia, que me parece bem mais correto e preparado para o cargo de maior mandatário da nação. Só lhe falta o apelo Big-Brother, pois não é mulher, não é instantâneo, tem preparo e história. Cada vez mais concordo com Rita Lee, as eleições deveriam ser uma espécie de Big-Brother, trancaríamos os candidatos numa casa cheia de câmeras e o povão iria eliminando um candidato por semana. Pelo menos seria mais coerente com a cultura de promover “coitados”.

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