Vendo a corrida de hoje refleti muito sobre certo tema, pois
sempre achei que muitas declarações do Hamilton sobre o Brasil fosse marketing,
política de boa vizinhança, mas ao ver seu capacete com a imagem do Cristo em um
GP na Hungria (Ok tem a Olimpíadas...) achei espontâneo demais, senti que ele
realmente adora o Brasil e idolatra a memória de Ayrton como nossos pilotos
nunca idolatraram. E foi isso que me fez descobrir o porquê me ponho à frente
da TV para torcer por ele, pois esse inglês representa hoje o que tem de mais
brasileiro na F1, pelo menos aquele Brasil que acostumamos ver nas manhãs de
domingo (Pelo menos o pessoal da minha idade.). Está certo que fora das pistas
ele em nada lembra o Senna, mas dentro da pista é hoje o piloto que mais traços
carrega de nosso antigo ídolo, tem um jeito de tocar o bólido que difere dos
outros, foi um cara que encarou o “professor” Alonso de igual pra igual em seu
primeiro ano e nas disputas atuais contra o bom Rosberg por vezes força o
alemão a coloca-lo para fora da pista, um ato claro de frustração e desespero
por não conseguir andar na frente do talentoso inglês, tal como Prost nas
décadas de 80/90. Lewis representa hoje não só a Inglaterra quando baixa sua
viseira e aperta o pedal da direita, mas também nos representa, nos faz lembrar
de Senna o ídolo que ele nunca se cansa de lembrar.
Obrigado Lewis!
Obs:. Está na hora da rede Globo começar a considerar tocar
o tema da vitória para as bandeiradas
deste inglês... Inglês? To be, or not
to be!